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Geleia Geral

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Lima da Pérsia
A cultura persa é o combustível do mais novo produto dos franceses Ronan e Erwan Bouroullec, nomes fortes da cena atual do design. Recentemente, eles tiveram uma ideia e tanto: apimentar, em versão 2011, o clássico tapete persa (aquele que data de 500 a.C.). “Sempre fomos apaixonados por essa peça tradicional, que é uma mistura delicada de rusticidade e elegância”, contaram com exclu­sividade à Wish Casa. Como os segredos dessa tecelagem ancestral eram guardados a sete chaves, os Bouroullec foram à luta in loco. O resultado é o modelo Losangues, feito com muitos metros da mais pura lã afegã e quilô­metros de estilo. Foi o lançamento do ano da grife espanhola Nanimarquina, representada por aqui pela Casamatriz.—Paula Queiroz
bouroullec.com / www.casamatriz.com.br

Amasso ecológico
A aliança entre o design e a sustentabilidade é condição sine qua non para a produção indus­trial no século 21. Mas o designer Brunno Jahara adianta: “Desde que ela seja sincera e pertinente”. Ás do alumínio, o carioca fala com propriedade, já que as suas peripécias andam causando burburinho na mídia inter­nacional e chamando a atenção para a recicla­gem no Brasil – ele já foi elogiado por várias revistas gringas, que vão da Elle norueguesa à holandesa Frame, passando pela coreana Deco Journal. Jahara, morador de São Paulo, conta que adquiriu muita experiência em alguns países onde trabalhou, como Itália, Japão e Holanda, mas não troca sua camisa 10 da Seleção Canarinho por nada. “Sempre mantive o respeito às minhas origens e influ­ências do Brasil”, diz. Sob a alcunha de Batu­cada, sua coleção de luminárias, pratos, potes e bowls “amassadinhos” remete a um dado positivo: no Brasil, 98% do alumínio produ­zido são reciclados, o que coloca o País nas primeiras posições do ranking mundial do não desperdício. Batucada é muito mais do que samba nas veias.—Paula Queiroz
Brunno JaharaT 11 2768 8232 / www.brunnojahara.com

Oficina Paulistana
Não levou muito tempo para que o escritório de arquitetura dos paulistanos Saulo Szabó e Fernando Oliveira, inaugurado há três anos, virasse a casaca. Ao desenhar móveis pla­nejados para seus projetos, o duo descobriu um filão e tanto. Hoje o Studio Haz – casa, em húngaro – é uma oficina de produtos com apelo handmade, low tech e bastante lúdico. O carro-chefe da produção é a luminária Ponto. Seus cabos grossos, de seis metros de extensão, ganharam lâmpadas na extremi­dade, em shape bem elementar e industrial. O que faz a diferença ali é a “roupa” de crochê que a reveste, inspirada em trabalhos manuais tipo aqueles da vovó. O sucesso do pendente incentivou outras levas com pose de toy, como o Cubo Mágico, estante modular que permite ao dono mudar seus lados, posição e cores. “O mercado quer peças de design moder­nas e funcionais”, diz Saulo, que responde pelo lado “moleque” da dupla – Fernando se diz mais racional. Aos 27 anos cada, com um acervo de mais de 80 criações no currí­culo, os rapazes apresentaram na edição 2011 do Salão de Móvel do Milão sua primeira série para gringo ver.—Carol Vasconcellos
Studio Haz, Av. Paulista, 2001 cj. 1004, São PauloT 11 3266 5756 / www.studiohaz.com.br

Arquitetura do desejo
Do lado de lá da fantasia, o Museu de Arte Moderna de São Paulo aposta na expo Morada Ecológica, chancelada pela Cité de l’Architecture & du Patrimoine, de Paris, com curadoria de Dominique Gauzin-Müller, para abordar temas como sustentabilidade e desen­volvimento urbano planejado. São mais de 50 projetos com pegada multidisciplinar, dividi­dos em quatro módulos temáticos, sendo o principal deles dedicado aos precursores do pensamento ecológico na arquitetura, como o americano Frank Lloyd Wright e o brasileiro José Zanine. Outro destaque que merece aten­ção é a mostra sobre o paisagista Burle Marx, que selou a parceria entre o MAM–SP e a ins­tituição francesa. Inaugurada em plena cena parisiense desde o final de março, com sele­ção de Flávio Cavalcanti, a exposição já é con­siderada sucesso além-mar.—Patrícia Favalle
MAM–SP até 26 de junho. Av. Pedro Álvares Cabral, s/n°, Portão 3, São Paulo T 11 5085 1300 / www.mam.org.br

Fruto proibido
Mattias Rask e Tor Palm são conhecidos como “os nômades do design”. O duo sueco viaja incansavelmente farejando artesãos locais para, com eles, recriar objetos impregnados de história e cultura nativa. Enquanto você lê esta nota, a dupla está recru­tando novos talentos no Vietnã. Antes de partir para a Ásia, lançaram uma coleção de luminárias em parceria com artistas sul-africanos. A Forbidden Fruit é uma linha de lustres feitos de pedras coloridas com acabamento de cerâmica pintada à mão. Além das lamparinas pendentes, há abajures de mesa e de chão. Delicioso, não? Se você não aguentar esperar alguém trazer para o Brasil, encomende pelo www.glimpt.se. —Lili Carneiro

Promessa paulistana
O prêmio Wallpaper’s Global Edit, da revista londrina que vasculha os quatro cantos do mundo
atrás dos melhores projetos de design, já viu na paulistana de 35 anos Carol Gay uma potencial campeã – ela foi citada como grande promessa pela publicação. O fio condutor da moça é a transgressão dos objetos mais ordinários do cotidiano. Exemplo disso é a poltrona NoANoANoAr, onde uma malha feita a partir de pneu de avião reutilizado veste uma estrutura de aço inox. Já para a mesa Metro, Carol decidiu usar o instrumento de medida predileto dos pedreiros para dar forma a um móvel com base de madeira torneada e tampo de vidro. Merece ou não merece a menção honrosa?—Paula Queiroz
www.behance.net/carolgay

Homens de ferro
Acabam de aportar na Casamatriz, em São Paulo, as coffee tables Ferro, do Studio Modoloco para a italiana SpHaus. Claudio Larcher e Flavio Mazzone imaginaram esses móveis metálicos com uma estrutura de pés finos e secos, em direções opostas. Sem falar no pantone, colorido na medida certa.—Paula Queiroz
Casamatriz, Al. Gabriel Monteiro da Silva, 683, São Paulo, T 111 3064 6050 / www.casamatriz.com.br

Expoente do design
Anote esse nome: Diogo Giacomo Tomazzi. Pupilo de Marcelo Rosenbaum, o catarinense sempre saca da manga uma ideia nova para democratizar o design. Tal e qual o mestre ensinou, o cara incorporou a linguagem brasileira ao seu traço. “Gosto de aproveitar a inteligência dos materiais para criar peças e dar um novo uso para algo que já foi feito”, diz. A mesa ComPee, por exemplo, mixa estrutura de tubos de cobre e palete, espécie de caixa de madeira usada para transporte de cargas. O arremate final fica por conta do reuso de uma torneira, que aqui faz as vezes de maçaneta. À venda na Carbono Design, na Vila Madalena.—Paula Queiroz
Carbono Design, R. Aspicuelta, 145, São Paulo, T 11 3815 1699 / www.carbonodesign.com.br

Nas veias
Desenhada pelo britânico Ross Lovegrove, a retrofuturista luminária Rorrim, da Dominici, parece flutuar no tempo e no espaço. O vidro soprado italiano recortado em curvas delicadas com acabamento espelhado tem leve perfume industrial-revisitado. Disponível em três formatos, todos contam com o charme da fiação vermelha, que fica exposta como uma artéria e arremata o look com chave de ouro.—Lili Carneiro
www.dominici.com.br


Kare em SP
“O lema da Kare é tornar a casa e o escritório das pessoas mais alegres, cosmopolitas, criativos e até mais loucos”, conta a empresária paulistana Mariângela Libertini, responsável por trazer a marca alemã para o Brasil, confortavelmente instalada em um prédio de dois andares – e mil metros quadrados – no coração dos Jardins, São Paulo. Fundada em Munique, em 1981, a loja nunca havia cruzado as fronteiras da Europa. E o primeiro showroom das Américas chega recheado de móveis, luminárias, objetos e utilitários que fogem do lugar-comum, com shape mais moderno. Bastante ligada à moda e à cultura pop, urbana e bem-humorada, a Kare tem cômodas, sofás e poltronas vintage, regadores inusitados, camas com dossel e muitas outras bossas mais. “Um design para os eternamente jovens”, completa Mariângela.—Allex Colontonio
Kare, R. Dr. Melo Alves, 651, São Paulo, www.kare-saopaulo.com.br

Brasília reconvexa
Um dos pilotis mais sólidos da arquitetura contemporânea nacional, Marcio Kogan inter nacionaliza o compasso sem descaracterizar sua pegada made in Brazil. Convocado pela empresa belga When Objects Work para criar uma peça de design a partir de matéria-prima típica, o arquiteto acaba de apresentar em Milão uma linha híbrida e instigante de utilitários. “O desenho dos quatro superbowls foi inspirado nas curvas do congresso de Brasília e empregou materiais contrastantes em cada uma das faces. Ouro e madeira, cobre e borracha, madeira e titanium, plástico e cerâmica criam uma tensão entre o côncavo e o convexo, uma oposição tátil e simbólica”, revelou a Wish Casa poucos dias antes de embarcar para a feira. Sem previsão de lançamento no Brasil, por enquanto as peças podem ser
encomendadas pelo site. —Allex Colontonio
www.whenobjectswork.com

 

Velho móvel colorido
Mobília com rugas e cicatrizes, sem intervenções nem restauro. Taí o conceito da Oldesign, parceria entre Houssein Jarouche, 37 anos, proprietário da Micasa, e Fábio Souza, 33 anos, dono da loja de roupas A la Garçonne. Curadores competentes, eles selecionaram preciosidades em mercados de pulgas e feiras do Brasil e do mundo. “A ideia é interferir minimamente no shape original. É mais um trabalho de garimpo e restauro do que qualquer outra coisa”, conta Houssein. A coleção reúne robôs de sucata dos anos 1970, poltronas clássicas de couro, armários do século 17 e até uma balança industrial americana de pesar algodão. Para Fábio, esse design antigo é especial porque “tem mais charme, mais detalhamento e mais foco na utilidade”. Disponíveis na Volume B, anexa à Micasa, os sofás, cadeiras, bancos e armários mantêm o aspecto detonado, com pequenos “curativos”.—Maíra Liguori
Micasa, São Paulo, T 11 3088 1238 / www.micasa.com.br
 

Talento carioca
O designer carioca Ricardo Graham Ferreira, 37 anos, passou longa temporada entre Itália e França para se especializar em ebasnisteria , a arte milenar da marcenaria. De volta ao Brasil, descobriu uma casinha escondida em uma simpática rua no Centro do Rio e por lá armou seu QG, recheado das peças que esculpe minuciosamente, com um olho no futuro e outro na bossa das antigas. Entre as suas crias, o móvel Pirralhos é daqueles curingas que todo mundo quer: vai do quarto para a sala, funciona como banco, mesa, daybed e ainda pode ser construído em diversos tipos de madeira tropical, todas com selo eco, é claro.—Paula Queiroz
R. do Mercado, 35, 1o andar, Rio de Janeiro, T 21 3904-2280, www.oebanista.blogspot.com

Written by AllexInCasa

junho 4, 2011 às 8:06 pm

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